Após fim da dupla com Rick, cantor apresentará pela primeira vez seu trabalho solo em show em Indaiatuba
PAULO CORRÊA - INDAIATUBA
Divulgação |
Renner Reis se apresenta em Indaiatuba |
O início dessa jornada para Renner, cujo o nome de batismo é Ivair dos Reis Gonçalves, começou ontem com o lançamento oficial do seu primeiro disco solo. Mas é no Mega Show do Trabalhador, em Indaiatuba, que ele irá apresentar pela primeira vez para o seu público o repertório do álbum “Teu Sol”, que tem como um dos trunfos o hit da internet “Tô Querendo Namorar”.
Nessa entrevista Renner revelou que não irá deixar a política,
comemorou a inversão de valores na relação entre artistas e gravadores e disse ainda que embora tenha sido a segunda voz na dupla, vai surpreender muita gente. “Eu estava guardando minha voz para esse momento”.
Jornal TodoDia - É um desafio assumir pela primeira vez o protagonista como cantor nesse primeiro álbum?
Renner Reis - Quando a dupla Rick & Renner iniciou a carreira eu era a primeira voz, quando cantávamos ainda em casas noturnas da noite paulistana, era eu quem assumia esse papel. Mas depois que o Rick fez uma parceria com o Zé, da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, acharam que seria melhor ele ser a primeira voz da dupla. Houve essa mudança. Acabou sendo bom para nós, mas hoje, quando as pessoas veem esse meu novo trabalho se surpreendente. Então eu digo que eu estava guardando a minha voz para esse momento.
Há quanto tempo você vem trabalhando para lançar esse novo disco?
Eu escolhi o repertório do “Teu Sol” no final do ano passado. Fui para Goiás, que é o berço do sertanejo universitário, e ouvi pelo menos 400 composições. Escolhemos essa música “Teu Sol” como música de trabalho, mas a gente foi surpreendido pelo público porque houve uma identificação muito forte com a música “To Querendo Namorar”. Ela já entrou entre as mais ouvidas em Santa Catarina e evoluiu sozinha, sem a gente esperar. Talvez seja um bom hit para o Dia dos Namorados.
O seu antigo parceiro ouviu o álbum. O que ele achou?
Ele gostou sim. A nossa história encerrou como dupla, mas continuamos como amigos. Ele gostou da pegada pop e universitária, eu tirei um pouco da sanfona, mas a pegada dela está lá sim. É um disco pop, bem para cima, que fala de amor, mas não aquele amor de lamúria, é um amor alto astral. Todas as 14 faixas eu canto o que as pessoas cantam. É um disco muito pé no chão, com arranjos bem trabalhados, graça ao trabalho da boa equipe que se juntou a mim.
E por qual motivo você optou lançar um disco independente?
Hoje é mais fácil fechar parcerias com gravadoras. Elas nos oferecem suporte de mídia, divulgação, trabalham na distribuição em redes de supermercado, por exemplo, e ganhamos um percentual com isso. O que aconteceu acho que foi uma justiça divina. Elas (as gravadoras) quebraram, a gente passou a ganhar mais nos show, e menos em venda de CDs, e nos tornamos o caçador, deixamos de ser caça nessa história. Eu mantenho uma ótima relação com meus fãs via internet.
Com o início da sua carreira solo, depois de 23 anos de dupla, como você enxerga hoje seu projeto político e o que você pensa sobre o acidente no qual você se envolveu?
Eu procuro não falar muito sobre o acidente porque eu respeito muito a família das vítimas. O que posso te falar é que chegamos a um acordo confortável para ambas as partes na Justiça, foi sem dúvida um trauma para todos. Estou com 39 anos, tenho 10 anos pela frente de trabalho para reconquistar minha carreira. Após esse tempo, vou ficar velho e o caminho será mais difícil.
Quanto a política, eu sempre tive preocupação social, desde que eu era garoto em Brasília. Queria resolver problemas do bairro como cano quebrado. O problema é que eu fui manipulado pelo meu partido, eles me deram um cargo que eu não pretendia disputar, caso contrário, eu teria sido eleito. Tive uma votação muito boa.
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