sexta-feira, 29 de abril de 2011

Renner Reis solta sua primeira voz

Após fim da dupla com Rick, cantor apresentará pela primeira vez seu trabalho solo em show em Indaiatuba
PAU­LO COR­RÊA - IN­DAI­A­TU­BA

Divulgação
Renner Reis se apresenta em Indaiatuba
O can­tor Ren­ner Reis, da ex­tin­ta du­pla Rick&Ren­ner, es­co­lheu In­dai­a­tu­ba como pon­ta­pé ini­ci­al para re­cons­truir sua car­rei­ra ar­tís­ti­ca mar­ca­da nos úl­ti­mos anos por per­cal­ços, prin­ci­pal­men­te após ser con­de­na­do pela Jus­ti­ça pelo aci­den­te que ma­tou duas pes­so­as em San­ta Bár­ba­ra d’Oes­te em 2001 e sua fra­cas­sa­da ten­ta­ti­va de se can­di­da­tar ao Se­na­do Fe­de­ral pelo es­ta­do de Goi­ás, no ano pas­sa­do. “Es­tou com 39 anos, te­nho dez anos pela fren­te de tra­ba­lho para re­con­quis­tar mi­nha car­rei­ra. Após esse tem­po, vou fi­car ve­lho e o ca­mi­nho será mais di­fí­cil”, dis­se.
O iní­cio des­sa jor­na­da para Ren­ner, cujo o nome de ba­tis­mo é Ivair dos Reis Gon­çal­ves, co­me­çou on­tem com o lan­ça­men­to ofi­ci­al do seu pri­mei­ro dis­co solo. Mas é no Mega Show do Tra­ba­lha­dor, em In­dai­a­tu­ba, que ele irá apre­sen­tar pela pri­mei­ra vez para o seu pú­bli­co o re­per­tó­rio do ál­bum “Teu Sol”, que tem como um dos trun­fos o hit da in­ter­net “Tô Que­ren­do Na­mo­rar”.
Nes­sa en­tre­vis­ta Ren­ner re­ve­lou que não irá dei­xar a po­lí­ti­ca,
co­me­mo­rou a in­ver­são de va­lo­res na re­la­ção en­tre ar­tis­tas e gra­va­do­res e dis­se ain­da que em­bo­ra te­nha sido a se­gun­da voz na du­pla, vai sur­pre­en­der mui­ta gen­te. “Eu es­ta­va guar­dan­do mi­nha voz para esse mo­men­to”.
Jor­nal To­do­Dia - É um de­sa­fio as­su­mir pela pri­mei­ra vez o pro­ta­go­nis­ta como can­tor nes­se pri­mei­ro ál­bum?
Ren­ner Reis - Quan­do a du­pla Rick & Ren­ner ini­ciou a car­rei­ra eu era a pri­mei­ra voz, quan­do can­tá­va­mos ain­da em ca­sas no­tur­nas da noi­te pau­lis­ta­na, era eu quem as­su­mia esse pa­pel. Mas de­pois que o Rick fez uma par­ce­ria com o Zé, da du­pla Zezé Di Ca­mar­go & Lu­ci­a­no, acha­ram que se­ria me­lhor ele ser a pri­mei­ra voz da du­pla. Hou­ve essa mu­dan­ça. Aca­bou sen­do bom para nós, mas hoje, quan­do as pes­so­as veem esse meu novo tra­ba­lho se sur­pre­en­den­te. En­tão eu digo que eu es­ta­va guar­dan­do a mi­nha voz para esse mo­men­to.


Há quan­to tem­po você vem tra­ba­lhan­do para lan­çar esse novo dis­co?
Eu es­co­lhi o re­per­tó­rio do “Teu Sol” no fi­nal do ano pas­sa­do. Fui para Goi­ás, que é o ber­ço do ser­ta­ne­jo uni­ver­si­tá­rio, e ouvi pelo me­nos 400 com­po­si­ções. Es­co­lhe­mos essa mú­si­ca “Teu Sol” como mú­si­ca de tra­ba­lho, mas a gen­te foi sur­pre­en­di­do pelo pú­bli­co por­que hou­ve uma iden­ti­fi­ca­ção mui­to for­te com a mú­si­ca “To Que­ren­do Na­mo­rar”. Ela já en­trou en­tre as mais ou­vi­das em San­ta Ca­ta­ri­na e evo­luiu so­zi­nha, sem a gen­te es­pe­rar. Tal­vez seja um bom hit para o Dia dos Na­mo­ra­dos.
O seu an­ti­go par­cei­ro ou­viu o ál­bum. O que ele achou?
Ele gos­tou sim. A nos­sa his­tó­ria en­cer­rou como du­pla, mas con­ti­nu­a­mos como ami­gos. Ele gos­tou da pe­ga­da pop e uni­ver­si­tá­ria, eu ti­rei um pou­co da san­fo­na, mas a pe­ga­da dela está lá sim. É um dis­co pop, bem para cima, que fala de amor, mas não aque­le amor de la­mú­ria, é um amor alto as­tral. To­das as 14 fai­xas eu can­to o que as pes­so­as can­tam. É um dis­co mui­to pé no chão, com ar­ran­jos bem tra­ba­lha­dos, gra­ça ao tra­ba­lho da boa equi­pe que se jun­tou a mim.
E por qual mo­ti­vo você op­tou lan­çar um dis­co in­de­pen­den­te?
Hoje é mais fá­cil fe­char par­ce­rias com gra­va­do­ras. Elas nos ofe­re­cem su­por­te de mí­dia, di­vul­ga­ção, tra­ba­lham na dis­tri­bui­ção em re­des de su­per­mer­ca­do, por exem­plo, e ga­nha­mos um per­cen­tu­al com isso. O que acon­te­ceu acho que foi uma jus­ti­ça di­vi­na. Elas (as gra­va­do­ras) que­bra­ram, a gen­te pas­sou a ga­nhar mais nos show, e me­nos em ven­da de CDs, e nos tor­na­mos o ca­ça­dor, dei­xa­mos de ser caça nes­sa his­tó­ria. Eu mante­nho uma óti­ma re­la­ção com meus fãs via in­ter­net.
Com o iní­cio da sua car­rei­ra solo, de­pois de 23 anos de du­pla, como você en­xer­ga hoje seu pro­je­to po­lí­ti­co e o que você pen­sa so­bre o aci­den­te no qual você se en­vol­veu?
Eu pro­cu­ro não fa­lar mui­to so­bre o aci­den­te por­que eu res­pei­to mui­to a fa­mí­lia das ví­ti­mas. O que pos­so te fa­lar é que che­ga­mos a um acor­do con­for­tá­vel para am­bas as par­tes na Jus­ti­ça, foi sem dú­vi­da um trau­ma para to­dos. Es­tou com 39 anos, te­nho 10 anos pela fren­te de tra­ba­lho para re­con­quis­tar mi­nha car­rei­ra. Após esse tem­po, vou fi­car ve­lho e o ca­mi­nho será mais di­fí­cil.
Quan­to a po­lí­ti­ca, eu sem­pre tive pre­o­cu­pa­ção so­ci­al, des­de que eu era ga­ro­to em Bra­sí­lia. Que­ria re­sol­ver pro­ble­mas do bair­ro como cano que­bra­do. O pro­ble­ma é que eu fui ma­ni­pu­la­do pelo meu par­ti­do, eles me de­ram um car­go que eu não pre­ten­dia dis­pu­tar, caso con­trá­rio, eu te­ria sido elei­to. Tive uma vo­ta­ção mui­to boa.

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